Tua Saúde
A presença de alterações nas unhas pode ocorrer por um processo de envelhecimento natural ou alguma lesão como pancadas, mas também pode ser sinal de alguns problemas de saúde, como deficiência de vitaminas, alterações hormonais, infecções por fungos, diabetes, doenças do coração e pulmões ou, até mesmo, câncer.
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Isso acontece porque a maior parte dos problemas de saúde graves são capazes de afetar a oxigenação e alterar o processo de crescimento e desenvolvimento das unhas, podendo provocar mudanças na cor, no formato ou descolamento, necessitando de atenção e cuidados médicos.
As unhas saudáveis geralmente têm um aspecto branco transparente com a base rosada e, por isso, quando surgirem alterações nas unhas que não tenham sido causadas por lesões, é aconselhado consultar um dermatologista ou um clínico geral para realizar exames, identificar o diagnóstico e iniciar o tratamento mais adequado.
1. Unhas quebradiças e secas
As unhas quebradiças e secas são aquelas que quebram ou lascam muito facilmente e, normalmente, estão relacionadas com o envelhecimento natural, mas também podem acontecer como consequência de alergias a produtos como esmaltes, detergentes, sabonetes ou produtos de limpeza, por exemplo, assim como excesso de manicure ou remoção de unhas em gel.
Esta alteração das unhas também pode ser sinal de deficiência de ferro, ácido fólico, vitaminas A, B12 ou C, uma vez que são responsáveis por produzir uma proteína que confere força às unhas, ou de doenças como psoríase, micose, hipertireoidismo ou anemia.
O que fazer: deve-se evitar os produtos que possam causar alergia, dar descanso à unha e evitar fazer manicure durante cerca de 2 semanas. Se a alteração se mantiver, é importante consultar um dermatologista para avaliar se existe deficiência de vitaminas ou outra doença para que seja feito o tratamento mais adequado.
2. Unhas com manchas brancas
As manchas brancas nas unhas são uma condição chamada leuconíquia que normalmente surge devido a algum trauma no local, como pancadas, bater com a unha na parede ou prender o dedo numa porta. No entanto, este tipo de manchas também pode surgir com as variações hormonais ao longo do ciclo menstrual.
Geralmente, essas manchas não indicam qualquer problema de saúde, mas podem surgir com o uso de alguns antibióticos ou doenças como vitiligo ou hanseníase, por exemplo.
O que fazer: deve-se deixar a unha crescer naturalmente até que as manchas brancas desapareçam. No entanto, caso a mancha se mantenha igual ao longo de várias semanas é aconselhado consultar o dermatologista.
3. Unhas amareladas
As unhas amareladas são comuns em pessoas idosas e nem sempre indicam um problema de saúde. Este tipo de coloração nas unhas também pode acontecer com o uso de alguns medicamentos como os antibióticos, ser provocado pelo contato com produtos de limpeza ou fumaça do cigarro.
Além disso, a ingestão excessiva de cenoura, abóbora ou batata doce também pode deixar as unhas mais amareladas.
Ainda assim, as unhas amareladas também podem surgir por infecção por fungos na unha, causando a onicomicose, ou por algumas doenças como diabetes, psoríase ou artrite reumatoide, doenças do fígado como cirrose ou hepatite, ou problemas pulmonares como bronquite ou doença pulmonar obstrutiva crônica.
O que fazer: deve-se consultar um dermatologista para avaliar a presença de infecção por fungos ou psoríase na unha e iniciar o tratamento adequado. No caso de se suspeitar de outras doenças, deve-se consultar um clínico geral que pode fazer uma avaliação inicial e encaminhar para outras especialidades como hepatologista ou pneumologista, dependendo do tipo de doença que tenha causado as unhas amarelas.
4. Unhas azuladas
As unhas azuladas podem ser causadas por um baixo nível ou falta de oxigênio no sangue, fazendo com que a pele ou membrana abaixo da pele fique com uma cor azul púrpura. Essa condição é conhecida como cianose e normalmente é um sintoma comum quando se está num ambiente frio, por exemplo.
Porém, se a cor azul surgir em outros momentos, pode indicar problemas circulatórios, como a doença de Raynaud, alterações respiratórias, como enfisema, asma ou pneumonia ou doenças do coração, como insuficiência cardíaca.
O que fazer: deve-se usar luvas ou aquecer o ambiente, caso as unhas azuladas tenham sido causadas por ambientes frios. No entanto, caso o problema apareça frequentemente, demore para desaparecer ou se surgir junto com outros sintomas como falta de ar ou cansaço excessivo, deve-se procurar um clínico geral ou cardiologista para que seja feito o diagnóstico e o tratamento mais adequado.
5. Unhas avermelhadas
As unhas avermelhadas, principalmente nas bordas, podem ser uma condição chamada paroníquia, causada por inflamações devido a infecção por bactérias, vírus ou leveduras, devido a traumas como remoção de cutículas, machucados, ou por unha encravada, por exemplo. Em alguns casos, pode ocorrer formação de pus nas bordas das unhas.
No entanto, alguns problemas de saúde podem deixar as unhas completamente avermelhadas, como doenças do coração ou dos pulmões, pressão arterial alta ou derrame cerebral, por exemplo.
O que fazer: deve-se consultar um dermatologista se a unha estiver avermelhada nas bordas para que seja feito tratamento com antibióticos ou drenagem do pus. No entanto, caso as unhas fiquem completamente avermelhadas, deve-se procurar atendimento médico imediato ou o pronto-socorro mais próximo para que a causa seja tratada o mais rápido possível.
6. Unhas esverdeadas
As unhas esverdeadas, também chamada de síndrome das unhas esverdeadas, ocorre por uma infecção que deixa as unhas com aspecto verde-azulado ou verde escuro e é causada pela bactéria Pseudomonas aeruginosa.
Esta condição pode surgir nas unhas das mãos ou dos pés e geralmente não causa dor, no entanto, a pele ao redor da unha pode ficar inchada, dolorida ou vermelha.
O que fazer: deve-se consultar um dermatologista para iniciar o tratamento que deve ser feito com antibióticos para combater a bactéria.
7. Unhas com linhas escuras
As unhas com linhas escuras são causadas por uma alteração conhecida cientificamente como melanoníquia, que é mais comum em pessoas com pele escura, mas que também pode surgir repentinamente pelo uso de alguns medicamentos como antibióticos ou zidovudina, um remédio utilizado no tratamento do HIV.
Estas linhas escuras podem apresentar cor marrom, cinza, ou preta, que vão da base da unha até o topo, e se desenvolver nas unhas das mãos ou dos pés. Quando essas linhas se desenvolvem ao longo do tempo pode ser sinal de aumento da produção de melanina, que é um pigmento que dá cor à pele, o que pode ser um dos primeiros sintomas do melanoma, um tipo de câncer de pele.
No entanto, caso seja observada toda a unha preta, pode ser sinal de alguma lesão no dedo que pode ter acontecido devido ao uso de sapatos muito apertados, bater ou prender o dedo em algum objeto, o que faz com que exista um sangramento local, deixando a unha mais escura, e pode ser acompanhado por dor e inchaço, em alguns casos.
O que fazer: deve-se consultar um dermatologista para avaliar a causa do aparecimento da linha escura na unha. Se a mancha foi causada por algum medicamento, o médico pode avaliar e trocar o remédio. No entanto, se a mancha se desenvolveu ao longo do tempo, mudando de cor, tamanho ou forma, o médico deve fazer exames para diagnóstico de melanoma e fazer o tratamento mais adequado.
Por outro lado, caso a unha preta seja devido a um trauma, não é necessário realizar tratamento, já que o sangue ali presente vai sendo naturalmente absorvido à medida que a unha cresce.
8. Unhas onduladas
As unhas onduladas ou rugosas pode ocorrer como um processo natural de envelhecimento, sendo comum em pessoas idosas, mas também pode ocorrer por doenças de pele que deixam as unhas mais secas como psoríase, líquen plano, dermatite atópica, alopecia areata ou lúpus, por exemplo.
O que fazer: deve-se consultar um dermatologista que deve indicar o tratamento mais adequado de acordo com o que causou a unha ondulada.
9. Unhas arredondadas
As unhas arredondadas e com as pontas dos dedos curvadas podem iniciar de forma lenta ao longo dos anos, sem que a pessoa perceba, e podem piorar com o tempo sendo geralmente sentidas quando incham e tornam-se dolorosas quando pressionadas.
Esta condição, conhecida como baqueteamento digital, pode ser consequência da baixa oxigenação do sangue devido a doenças cardiovasculares ou pulmonares, mas também pode surgir em doenças hepáticas, doença inflamatória intestinal ou infecção pelo HIV.
O que fazer: deve-se consultar um clínico geral para uma avaliação inicial e realização de exames. Dependendo da doença que causou o arredondamento das unhas, o clínico geral deve encaminhar para um cardiologista, hepatologista, pneumologista, gastroenterologista ou infectologista para o tratamento mais adequado.
10. Unhas viradas para cima
As unhas viradas para cima, também chamadas de coiloníquia, são uma condição em que as unhas se projetam para fora e ficam com aspecto de colher. Geralmente, essa condição é um sinal de que a circulação sanguínea não está conseguindo chegar corretamente ao centro da unha, podendo ser um sintoma de falta de ferro, problemas cardíacos ou hipotireoidismo, por exemplo.
O que fazer: deve-se consultar um dermatologista ou um clínico geral para fazer exames de sangue e identificar se existe um problema na tireoide ou coração ou uma carência de ferro.
11. Descolamento da unha
O descolamento da unha é uma condição chamada onicólise, caracterizada por descolamento total ou parcial da unha da mão ou do pé e pode ser causada por uso de sapatos apertados, limpeza excessiva das unhas ou dermatite de contato por alergias a produtos de limpeza, por exemplo.
Essa condição também pode ser causada por infecção por fungos, doenças como psoríase ou hipertireoidismo, ou uso de alguns medicamentos como captopril ou retinoides.
O que fazer: deve-se evitar usar sapatos apertados ou limpar debaixo das unhas constantemente, além de ser recomendado usar luvas para não ter contato com produtos de limpeza que possam causar alergia. Se o descolamento da unha não melhorar, deve-se consultar um dermatologista para diagnóstico e tratamento mais adequado.
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