Redação
Há uma diferença fundamental entre os prefeitos Luciano Barbosa (MDB), de Arapiraca, e João Henrique Caldas (PL), ambos reconhecidos como favoritos à reeleição.
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Luciano tem todo o secretariado indicado por ele próprio, sem nenhuma ingerência de outros políticos, e tem o raro privilégio de escolher dentre os aliados de confiança quem vai ser seu companheiro de chapa, como vice-prefeito.
JHC, ao contrário, não vai poder ter um vice para chamar de seu, por conta da pressão que vem recebendo de apoiadores importantes para fazer essa indicação, em função exatamente do seu favoritismo.
No atual cenário, parece improvável para o prefeito de Maceió manter as alianças consolidadas no início do ano passado, quando conseguiu atrair para o seu grupo seus dois principais concorrentes em 2020.
O hoje deputado federal Alfredo Gaspar de Mendonça (União Brasil) e o ex-deputado estadual Davi Davino Filho (PP) foram contemplados, direta ou indiretamente, com secretarias municipais e deixaram a condição de oposicionistas.
Davi Davino já manifestou interesse no cargo de vice de JHC – para ele próprio ou para alguém do PP; Alfredo Gaspar tem se mostrado solidário ao prefeito – embora há quem veja nele um potencial concorrente do prefeito, caso deseje se candidatar.
Resolver esse impasse é apenas uma das preocupações atuais de JHC, que parece preferir como vice o senador Rodrigo Cunha (Podemos), até por um aspecto familiar: sua mãe, Eudócia Caldas, é primeira suplente de Cunha e seria senadora efetiva por dois anos caso essa chapa encabeçada por seu filho seja eleita em 6 de outubro.
Voltando ao cerne da questão: Luciano Barbosa, por seu turno, vivencia a tranquilidade de quem voa em céu de brigadeiro.
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