Redação
O senador Renan Calheiros (MDB/AL), considerado (ainda) o mais sagaz político alagoano, incorreu num grande erro ao desistir de participar da CPI da Braskem pelo fato de não ter sido indicado relator da comissão, cuja criação foi proposta por ele.
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Fora da CPI, Renan Calheiros não pode se defender no próprio ambiente do colegiado de, por exemplo, ter presidido o conselho de administração da Salgema, como se denominava no início a empresa hoje acusada de ter concorrido diretamente para um desastre ambiental sem precedentes na cidade de Maceió.
De Alagoas, restou na CPI da Braskem apenas o senador Rodrigo Cunha (Podemos/AL), justamente uma das lideranças do grupo que faz oposição a ele no Estado e que tem reafirmado: vai propor a convocação de Renan, justamente por ter presidido a mineradora.
“O resgate hoje feito, dizendo que os problemas não começaram em 2018, e sim desde 1975, que inicia essa exploração (de sal-gema), o coloca (Renan) também numa situação que pode ser investigado. Além disso ele (Renan) foi indiciado pela Polícia Federal por receber propina direcionada e beneficiar a própria Braskem”, disse Rodrigo Cunha à TV Senado.
Consta que o inquérito da Polícia Federal foi arquivado pelo Supremo Tribunal Federal, que considerou as provas insuficientes.
Mas, certamente, ao propor a instauração da CPI da Braskem o senador Renan Calheiros jamais imaginaria que ele próprio fosse ser alvo de investigação da comissão, como está prestes a acontecer.
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