Emergência em Maceió: “Estamos nos preparando para o pior. A situação é realmente alarmante.”

Publicado em 30/11/2023, às 05h50

Redação

A presença em Alagoas, em caráter emergencial, de equipes da Defesa Civil Nacional e do Sistema Geológico Brasileiro dá bem a dimensão da gravidade que assumiu o desastre ecológico que atinge vários bairros de Maceió a partir de abalos que resultam, há quase 6 anos, no afundamento do solo do Pinheiro, Bebedouro, Mutange, Bom Parto, Flechais e parte do Farol, por conta de exploração de sal-gema em minas escavadas pela Braskem.

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Para se ter ideia da gravidade da situação atual, estão unidos Prefeitura de Maceió, Governo de Alagoas e União Federal em busca de soluções urgentes e atendimento imediato à população afetada com o surgimento de novos abalos, desde o início desta semana.

Além de decretar criar situação de emergência em Maceió por 180 dias, pelo risco de colapso numa mina de sal-gema, no bairro do Mutange, o prefeito João Henrique Caldas (PL) criou um gabinete de crise para coordenar a situação, com atuação 24 horas por dia.

O decreto autoriza também a convocação de voluntários para mobilizações inclusive de campanhas de arrecadação de donativos e recursos junto à comunidade, de modo a garantir maior assistência à população afetada.

Desde que aconteceram a primeiras ocorrências, em março de 2018, nunca houve uma mobilização como a deflagrada nesta semana, o que reafirma a gravidade do momento, que afeta diretamente cinco mil pessoas.

“Estamos nos preparando para o pior. A situação é realmente alarmante. É uma tragédia sem precedentes”, diz um personagem diretamente envolvido com a questão.

Outra iniciativa no âmbito da Prefeitura de Maceió foi a suspensão, por parte da Secretaria Municipal de Saúde, do ponto facultativo previsto para esta sexta-feira, pelo Dia do Evangélico, a fim de que as Unidades Básicas de Saúde possam funcionar, bem como o Serviço de Atenção Domiciliar, o PAM Salgadinho, equipes do programa Saúde da Gente e os Centros de Atenção Psicossocial, mantendo seus servidores de sobreaviso para a necessidade de atendimento à população.

“Nós não sabemos o dimensionamento desse afundamento das minas. Não há aqui nenhum alarmismo à população, apenas o preparo necessário para as circunstâncias que podem surgir”, adverte Luiz Romero Farias, Secretário de Saúde de Maceió, em vídeo nas redes sociais.

Já o prefeito JHC explica, também em nota:

“Estamos agindo com rapidez para garantir a segurança e o bem estar dos maceioenses. Através do Gabinete de Crise, garantimos abrigo, alimentação, água, colchões, além de ônibus e caminhões para transporte e mudança.”

 

 

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