Redação
Não existe como desvincular a eleição para prefeitos e vereadores em 2024 com a disputa de 2026, quando o eleitor brasileiro voltará às urnas para escolher o presidente da República, dois senadores, governadores, deputados federais e deputados estaduais.
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Em todos os Estados, o empenho das principais lideranças políticas é para eleger o maior número possível de aliados para as prefeituras e câmaras municipais, de forma a garantir sustentação para a campanha de 2026.
No caso específico de Alagoas, a tendência é que se o prefeito João Henrique Caldas (PL) for reeleito ficará bastante fortalecido para concorrer ao governo dois anos depois – além das excelentes votações que sempre obteve em Maceió, conta com o respaldo no interior dos aliados Arthur Lira (PP), presidente da Câmara dos Deputados, e do senador Rodrigo Cunha (Podemos).
Até agora o eventual concorrente com mais condições de encará-lo nas urnas é o senador Renan Filho (MDB), que saiu bem avaliado nas duas gestões como governador e ocupa atualmente o forte Ministério dos Transportes.
Não há a esta altura uma terceira via, que poderia ser o vice-governador Ronaldo Lessa (PDT), que deve assumir a efetividade em abril de 2026, com o possível afastamento do governador Paulo Dantas (MDB) para concorrer a alguma coisa – Lessa, efetivado no cargo, poderia ser candidato ao governo e proporcionar um cenário diferenciado.
Para as duas vagas ao Senado em 2026 a disputa é maior: Renan Calheiros (MDB) e Rodrigo Cunha (Podemos) são candidatos natos à reeleição, mas aparece um concorrente forte – Arthur Lira (PP), o poderoso presidente da Câmara dos Deputados.
Há uma possibilidade concreta de Rodrigo Cunha ficar fora dessa disputa, caso seja o escolhido por JHC para ser seu candidato a vice-prefeito em 2024 – vale lembrar que Eudócia Caldas, mãe do prefeito, é a primeira suplente de Rodrigo no Senado e seria efetivada por dois anos, caso o titular seja eleito vice de JHC.
Aí ficariam no páreo, para as duas vagas, Renan Calheiros e Arthur Lira, numa aparente “barbada” para ambos.
Resta, porém, uma questão: e se o governador Paulo Dantas resolver, ao deixar o cargo, também concorrer ao Senado em 2026?
Nessa hipótese, estaria estabelecida uma verdadeira “briga de foice” para definir os ocupantes das duas vagas ao Senado.
O resultado seria absolutamente imprevisível…
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