MPF recomenda que restos de barracas sejam retiradas da orla da Barra de São Miguel

Publicado em 26/05/2023, às 17h52
Foto: Divulgação -

TNH1, com Ascom MPF

O Ministério Público Federal (MPF) recomendou que a Prefeitura da Barra de São Miguel, no Litoral Sul de Alagoas, faça a retirada dos restos de barracas, que foram demolidas no ano de 2020. A recomendação aconteceu após o MPF e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis realizar uma vistoria conjunta no local.

LEIA TAMBÉM

De acordo com o MPF, após a demolição das barracas, tornou-se essencial verificar o estado atual dessas áreas para garantir a recuperação da vegetação de restinga, controle da erosão e manejo adequado dos recursos hídricos.

Foram constatados no local que os alicerces das estruturas das barracas demolidas, assim como os entulhos, não foram retirados, o que impede a recuperação ambiental por meio da regeneração natural da vegetação.

Na sequência da vistoria, foi realizada uma reunião com representantes da Secretaria do Verde – Meio Ambiente, Agricultura e Recursos Hídricos da Barra de São Miguel, além da Secretaria Municipal de Infraestrutura, Secretaria de Governo e da Procuradoria Municipal. O objetivo desse encontro foi discutir as medidas necessárias à recomposição ambiental das áreas onde as barracas de praia estavam situadas, ou compensação pelos danos irreparáveis.

Na reunião, o Ibama recomendou que as estruturas fossem retiradas, sendo preservado o acesso à praia por pedestres, a acessibilidade, mas com intervenções mínimas para garantir a recuperação da restinga.

Além da retirada de entulhos e reparação ambiental, foram discutidas medidas de compensação em relação aos danos já consolidados, como os decorrentes da orla pública do município.

A prefeitura comprometeu-se a apresentar um projeto para cada uma das áreas afetadas pelos entulhos das demolições de barracas, bem como indicar áreas de intervenções para compor um plano de compensação a ser formalizado num futuro Termo de Ajuste de Conduta (TAC). Tudo no prazo de 60 dias.

A procuradora da República Juliana Câmara, do núcleo de Meio Ambiente do MPF em Alagoas, foi a representante do órgão nessa atuação conjunta. Ela destacou a importância desse trabalho para garantir a preservação do ecossistema local.

"Nossa atuação visa não apenas a recomposição ambiental dessas áreas, mas também a compensação pelos danos já causados e que não têm como ser reparados. Além da conscientização da população sobre a importância de preservar nossas praias e ecossistemas costeiros. É fundamental que todos os envolvidos trabalhem em conjunto para evitar danos futuros ao meio ambiente", afirmou Juliana Câmara.

Gostou? Compartilhe

LEIA MAIS

Dois homens são absolvidos em caso de padeiro espancado até a morte Dino determina retirada de circulação de livros jurídicos com trechos homofóbicos Justiça condena três e absolve dois envolvidos na morte de auditor fiscal em Maceió TJ de Alagoas inaugura usina fotovoltaica em Delmiro Gouveia