Redação
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Um dos destaques do noticiário desta semana foi a surpreendente renúncia do Arcebispo Emérito de Maceió, Dom Antônio Muniz, de 71 anos, que se despediu da comunidade católica alagoana com a divulgação de uma carta.
Paraibano, ele foi substituído, por indicação do Papa Francisco, por Dom Carlos Alberto Breis Pereira, mais conhecido como Dom Beto.
Por quase 20 anos Dom Antônio exerceu sua atividade em Alagoas, deixando um legado de ativa participação junto à comunidade, através de excelente relacionamento, fazendo valer alguns dos seus princípios: humildade, simplicidade e sinceridade.
Trechos da sua mensagem aos fieis alagoanos:
“Com leal acatamento ao Magistério da Igreja e seu poder de jurisdição venho, por este instrumento, comunicar a minha renúncia ao ofício de Arcebispo de Maceió, e, ao mesmo tempo, a aceitação do Santo Padre, o Papa Francisco, ao meu pedido de renúncia ao governo Pastoral desta Arquidiocese.
Em Ato contínuo, assume a Arquidiocese como novo Pastor, o Arcebispo Coadjutor Dom Carlos Alberto Breis Pereira, OFM. Envelhecer, e, às vezes, adoecer, faz parte da vida, como nascer, crescer e morrer.
Com verdadeiro amor à missão que me foi confiada por Deus, recordo o meu lema de ordenação Episcopal “Erit Vester Servus” (Serei Vosso Servo), e tenho consciência de que deixo esse serviço pastoral, não por falta de amor, mas por reconhecer os limites de minhas forças.
Das coisas visíveis, nada dura para sempre, mas tudo passa: Tanto na juventude, como as forças físicas, quer as comorbidades, quer as funções de poder.
Posso agora dizer como o Apóstolo Paulo: ‘combati o bom combate, completei a corrida, guardei a fé’ (2 Tim 4). Neste momento da minha vida, com o meu pedido de resignação do governo pastoral da Igreja de Maceió, manifesto meu reconhecimento de que absolutamente tudo procede da bondade de Deus, que me amou primeiro e chamou-me a servir no seu reino, sustentando-me com seu braço terno de Pai.
Com a ajuda da Mãe Igreja, aprendi que Deus escolhe os fracos, como eu, que trazem em frágeis vasos de barro o tesouro do Ministério da Santa Igreja, para que todos reconheçam que um poder tão sublime vem de Deus e não dos homens.”
Para os que, como eu, tiveram o privilégio de conviver com Dom Antônio Muniz, o mínimo que se pode dizer sobre sua passagem por Alagoas é que ele desempenhou à altura sua missão episcopal em terras caetés.
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