Estadão Conteúdo
Marquinhos foi um dos capitães da seleção brasileira sob a direção de Tite. Com Fernando Diniz, a tarja ficou com Casemiro na estreia das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026 - 5 a 1 na Bolívia, sexta-feira. Um dos líderes do elenco, o defensor projetou um duro duelo de visita ao Peru nesta terça-feira, em Lima, mas celebrou as ideias do novo técnico na equipe, em esquema de enorme intensidade, no qual "todos os jogadores participam."
"O Diniz tem uma filosofia estabelecida de muita mobilidade e ao lado dele na seleção consegui enxergar bem as ideias", afirmou o jogador do Paris Saint-Germain, surpreso com o novo comandante. "Por vezes você verá zagueiro de lateral, um lateral como meia, flutuando entre linhas, um time de muita movimentação, mas nunca estaremos desprotegidos. É muita mobilidade para chamar atenção ao que quer e trazendo (o jogo) ao nosso objetivo. Ainda não me testou em outras posições, mas todos teremos de se acostumar com isso", afirmou.
Sem querer desprezar o esquema do antecessor Tite, ao qual também elogiou, Marquinhos se mostrou bastante feliz com o início da nova trajetória da seleção brasileira rumo a mais uma Copa do Mundo.
"(O esquema de Diniz) É uma coisa interessante, prazeroso, pois todos participam e sabemos o quanto é importante cada posição. Meia, volantes, terão a mesma concentração e responsabilidade de um defensor. E tudo isso será muito importante para o crescimento coletivo."
Questionado se as mudanças impostas por Diniz podem ser a fórmula de sucesso para o Brasil findar com e jejum em Copas, Marquinhos focou no politicamente correto para evitar uma empolgação geral que pode atrapalhar neste novo ciclo.
"Não existe apenas uma fórmula para o sucesso. São muitas filosofias sendo campeãs, times que se dão bem dentro de campo, times com jogadores que nem se gostam, nem se olham, mas que lutam pelo mesmo objetivo... Aqui, tínhamos um ambiente maravilhoso, a gente focou, fizemos o melhor e por detalhes perdemos uma Copa do Mundo. Futebol é mágico, encantador, por essa surpresa e por não ter uma fórmula de sucesso", disse.
E foi além: "Muitas pessoas com dificuldade tiveram sucesso e outras com vida melhor também. Eu falo pelo que acredito, e para mim é trabalho, detalhes. Com a sorte não podemos contar. O que temos de fazer é minimizar erros com trabalho e concentração, e ter boa preparação para chegar bem e fazer o melhor. O resto é coisa divina lá de cima."
Mesmo com o Brasil se dando melhor nos últimos jogos com o Peru, Marquinhos pregou pelo respeito e cautela. "Brasil x Peru virou uma rivalidade grande nos últimos anos, jogos muitos disputados, difíceis e algumas vezes o resultado não traduziu o real jogo. O Peru vem crescendo com uma geração que sempre deu dificuldade para a gente nos jogos, com Paolo (Guerrero) fazendo parte dessa geração. O conheço desde o Corinthians e sei de sua grandeza. E agora, com a experiência, está ainda melhor. O sucesso passa pelo grande jogador que ele é."
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