Viver Bem
O corpo humano passa por diversas mudanças conforme envelhecemos. Nas mulheres, por volta dos 40 anos, é comum haver um maior acúmulo de gordura na cintura. E evitar o aumento da medida desse região do corpo não se trata apenas de estética. É questão de saúde.
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Mulheres com a circunferência da cintura maior do que 80 cm têm risco elevado para diversas doenças, como AVC e infarto, diabetes, hipertensão (pressão alta) e colesterol alto, segundo a OMS. E o risco de problema de saúde é maior ainda para aquelas com uma cintura com mais de 88 cm.
Um estudo conduzido por pesquisadores do NIH (Instituto Nacional de Saúde dos EUA) acompanhou mais de 44 mil mulheres durante 16 anos. A pesquisa conclui que aquelas com largura da cintura igual ou maior que 88 cm tinham um maior risco de morte por doenças cardiovasculares, câncer e todas as outras causas.
O risco de morte foi maior, inclusive, quando as mulheres estavam dentro do peso considerado saudável, mas tinham grande acúmulo de gordura na região da barriga e cintura igual ou maior a 88 cm. Segundo a médica Mariana Chaves, endocrinologista formada pela UFC (Universidade Federal do Ceará) e pós-graduanda em nutrologia, o aumento da cintura ocorre por causa do acúmulo de gordura visceral.
Esse tipo de gordura é o mais perigoso para a saúde pois fica entre órgãos vitais, como o fígado e o coração, e libera substâncias substâncias inflamatórias que prejudicam o funcionamento adequado do organismo.
Por que a cintura aumenta após os 40?
Mesmo que a mulher não esteja entrando na menopausa, nessa fase da vida ocorre uma redução natural na produção de hormônios como a progesterona e o estrogênio, conforme explicou Mariana Rosário, médica ginecologista, obstetra e mastologista, membro do corpo clínico do hospital Albert Einstein.
Esses hormônios femininos são responsáveis pela tendência de as mulheres acumularem mais gordura na região das pernas, bumbum e quadril —gordura chamada de subcutânea, que fica localizada abaixo da pele e não é tão perigosa à saúde quanto a visceral.
Quando a mulher está perto dos 40 anos e os níveis de progesterona e de estrogênio caem, a gordura passa a ser estocada em maior quantidade na região abdominal, junto a órgãos vitais, afetando o organismo.
COMO MEDIR A CINTURA?
Como reduzir a medida da cintura após os 40?
Antes de tudo, é importante ter em mente que, quando emagrecemos, não conseguimos "escolher" em qual parte do corpo vamos eliminar gordura. Portanto, não há um exercício específico ou alimento que fará você diminuir a medida cintura. O mais importante é adotar hábitos saudáveis, que farão você reduzir o percentual de gordura corporal total e, consequentemente, a circunferência abdominal.
Faça exercícios intensos regularmente
Procure treinar pelo menos 30 minutos em intensidade moderada a forte, cinco vezes por semana. A atividade física, você sabe, é importante para a saúde e ajuda a melhorar a composição corporal (reduzir a gordura e aumentar os músculos).
Não fique só no treino aeróbico - Muitas pessoas acham que o melhor para emagrecer é ficar horas na esteira ou na bike, já que essas atividades proporcionam maior gasto calórico que a musculação. Porém, o treino de força acelera o metabolismo, fazendo com que seu corpo queime mais calorias mesmo quando não está treinando. Também estimula a produção de hormônios como GH e testosterona, que favorecem a queima de gordura corporal e o ganho de massa magra.
Invista principalmente em exercícios que trabalham vários músculos ao mesmo tempo, como agachamento, levantamento terra, flexão de braços e supino. Esses movimentos favorecem ainda mais a produção de GH e testosterona.
Coma bem - Manter uma alimentação saudável é indispensável para reduzir a gordura da cintura. Em todas as refeições, priorize o consumo de comidas naturais, como carne, frango, peixe, ovo, verduras, legumes, frutas e castanhas. Evite doces, carboidratos refinados (pães, bolos, massas, biscoitos), frituras, fast-food e produtos ultraprocessados.
Controle o estresse - A tensão excessiva traz vários componentes que dificultam a perda de gordura: aumenta o desejo por comidas calóricas e pouco saudáveis, inibe a produção de GH e testosterona, pode diminuir sua motivação para treinar etc. Quando você fica estressada, seu corpo entende que está diante de um perigo no qual precisa "fugir ou lutar". Aí, promove o aumento de açúcar no sangue para que não falte energia para enfrentar esse perigo. Mas, como você não precisa fugir ou lutar, esse combustível não será usado e será estocado em forma de gordura, guardada especialmente na região da cintura.
Durma o suficiente - Ter menos horas de sono do que o recomendado (geralmente de 6 a 9 horas) aumenta a produção do hormônio da fome, fazendo com que você consuma alimentos calóricos no dia seguinte. Dormir mal ainda eleva o estresse no organismo, gerando os problemas já explicados acima.
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