A Justiça autorizou a quebra de sigilo telemático e telefônico do adolescente de 13 anos que matou uma professora a facadas e deixou cinco feridos em um ataque na escola estadual Thomazia Montoro, na zona oeste de São Paulo, na segunda-feira (27).
A decisão foi confirmada na manhã desta quinta (30) pelo delegado Marcus Vinicius Reis, titular do 34º DP (Vila Sônia). Agora será iniciada uma nova frente de investigação, vasculhando as mensagens no celular do agressor e sua atividade nas redes sociais.

A Polícia Civil terá acesso aos dados do aparelho celular do adolescente e de um HD externo e do videogame Xbox apreendidos na casa da família.

Em outra frente, os investigadores têm mapeado perfis na internet que interagiam com a conta do agressor. Segundo Reis, um colega de sala do adolescente publicou mensagens incentivando o ataque. Ele pode responder na Justiça por apologia ao crime.

Outro aluno da escola é suspeito de ter auxiliado o ataque. Ele foi filmado por câmeras de segurança encontrando-se com o autor do crime minutos antes de ele invadir uma sala de aula e golpear a professora Elisabeth Tenreiro, 71, que morreu.

Uma das dificuldades da investigação realiazada nas redes sociais, de acordo com o delegado, é que parte dos perfis que se comunicaram com o jovem já foram deletados.

O 34º DP recebeu, por exemplo, um boletim de ocorrência registrado no interior de São Paulo narrando que uma estudante que ficou amiga do agressor na internet também publicava mensagens de apoio a massacres nas redes sociais. Essa adolescente foi alvo de um procedimento investigatório e responde por ato infracional.

O delegado Reis não confirmou a data nem a cidade onde o boletim foi registrado. A polícia também recebeu a informação de que uma aluna da Thomazia Montoro foi convidada pelo autor do ataque a participar da ação.