Júri decide pela condenação de dois réus e absolvição de um por morte de advogado em Maceió

Publicado em 20/10/2022, às 06h57
Ascom TJAL -

TNH1

O júri popular pela morte do advogado José Fernando Cabral de Lima foi encerrado na madrugada desta quinta-feira, 20, após mais de 30 horas de julgamento. Os réus Sinval José Alves e Irlan Almeida de Jesus foram condenados pelos jurados, enquanto Denisvaldo Bezerra da Silva Filho foi absolvido.

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O assassinato do advogado ocorreu no dia 3 de abril de 2018. De acordo com os autos, ocorreria uma reunião entre Sinval e José Fernando numa casa de câmbio, localizada no bairro Ponta Verde. Réu e vítima eram sócios de um escritório de advocacia.

De acordo com a decisão do júri, Sinval foi condenado a 19 anos e 10 meses de reclusão, em regime inicialmente fechado. Já Irlan Almeida de Jesus foi condenado a 9 anos, 4 meses e 15 dias de reclusão. Considerando a pena total e o tempo já cumprido, Irlan passa a cumprir o restante da pena em regime aberto.

Conduzido pelo juiz Braga Neto, o julgamento teve 17 testemunhas e se estendeu por dois dias. O Ministério Público e o advogado de acusação esperaram uma pena em torno de 30 anos para cada réu, por se tratar de um homicídio qualificado. Conforme o advogado Tiago Pinheiro, o crime gerou perplexidade social e era esperada a condenação dos três envolvidos.

Durante o julgamento, realizado na 8ª Vara Criminal da Capital, no Fórum do Barro Duro, a família da vítima classificou o crime como "bárbaro, covarde e truculento", ao pedir pena máxima dos três acusados. 

A defesa de Sinval alegou que não havia sociedade de fato entre o réu e a vítima, bem como que não havia dívida entre eles, como alegaram as testemunhas, e sim um empréstimo. Já a defesa de Irlan e Denisvaldo afirmou que a inocência dos dois seria provada durante entrevista na tarde de terça.

O caso - De acordo com os autos, Sinval e José Fernando eram sócios em um escritório de advocacia. Uma reunião entre eles ocorreria em uma casa de câmbio, no bairro de Ponta Verde. Logo após a chegada de Fernando ao local, dois homens renderam o funcionário do estabelecimento e anunciaram um assalto.

Na ocasião, os assaltantes ordenaram que todos ficassem de joelhos e com as mãos na cabeça, momento em que efetuaram dois disparos de arma de fogo na cabeça de Fernando.

Segundo testemunhas, o réu Sinval devia R$ 600 mil à vítima, e por isso contratou Irlan e Denisvaldo para assassinar José Fernando, simulando um assalto.

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