Fotos antigas e atuais mostram como a ciência mudou raças de cães

Publicado em 09/03/2016, às 13h08

Redação

Uma série de fotos apresentadas pelo site Science of Dogs mostra como nossa predileção e seleção artificial de certas características dos cães mudaram completamente a forma física desses animais. A ideia da amostragem foi nos revelar como as raças mudaram com o tempo de forma como não haviam mudado antigamente.

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Não dá para dizer que essas mudanças foram exatamente benéficas, uma vez que tornaram as raças "puras demais" e acentuaram defeitos genéticos que causam problemas sérios de saúde.

(Na foto, um bull terrier há 100 anos...)

"Hoje muitas raças são altamente puras e possuem uma extraordinária variedade de defeitos genéticos, que trazem consequências: defeitos que vão desde problemas anatômicos, como a displasia da anca, que causam sofrimento crônico, além de danificar a imunidade e ocasionar perda de resistência a doenças fatais como o câncer", afirma James A. Serpell, especialista em medicina e ética animal da Universidade da Pensilvânia.

... e um bull terrier de hoje, que possui essas características muito por ter sido usado em rinhas de cães).

Parte da culpa recai em nossa cultura industrial, que passou a encarar os animais como produtos e aprimorou técnicas para vender mais cachorros.

(Na imagem, um basset das antigas)

Com o crescimento de sociedades urbanas, principalmente na Europa na época da Revolução Industrial, animais deixaram de morar em fazendas e se tornaram animais de estimação, tinham que ser bonitos para ser exibidos

(Esse é um basset como ele é hoje)

Veja por exemplo o boxer, que era assim há mais ou menos 100 anos, quando cães começaram a ser vendidos por raça. Na época ele era utilizado como uma espécie de vigilante de matadouros e não um cachorro de estimação apenas.

E hoje ele é assim, com focinho mais curto e boca maior, o que é um um grande problema para manter o corpo na temperatura correta.

O São Bernardo de tempos atrás também mudou bastante. Muito utilizado no século XI (!!) para resgatar pessoas perdidas na neve, ele sofreu para se adaptar.

Hoje o São é bem maior e com o crânio mais largo, o que gera diversos problemas de temperatura (por ser um cão para temperaturas frias), problemas oculares e ósseos.

Parte do problema a geografia da origem desses animais. Muitos deles hoje vivem em locais bem diferentes dos que viviam quando foram criados e cruzados

(Na foto, um Dachshund, o famoso "salsicha, que tinha pernas maiores e um pescoço mais proporcional)

Sair de seu habitat clássico gera uma série de problemas de adaptação ao ambiente, além de ocasionar doenças e outros males a esses animais

(Hoje eles possuem um tamanho menor e um pescoço maior, o que é a razão de uma série de problemas nas costas e dificuldades de respirar)

A domesticação de cães começou em idades muito mais antigas que as imaginadas anteriormente, ainda em idades do gelo, utilizados para caça e agricultura

(Na foto, um pug atual, bastante diferente anatomicamente que a espécie anterior)

Hoje a relação entre esses animais e humanos é quase sempre de estima entre humanos e animais

(Olha como o pug era diferente anteriormente, com pernas maiores e menos pele na cara)

Até o pastor alemão, um dos mais famosos e adaptados cães, também passou por diversas mudanças. Os especialistas concluem que todas essas mudanças genéticas são agressivas aos animais e diminuem a longevidade deles.

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