Extra
O processo entre Flamengo e Vasco sobre o uso do Maracanã pelo cruz-maltino para a partida contra o Sport, que aconteceu no dia 3 de julho, ainda continua correndo na Justiça. Nesta semana, o rubro-negro apresentou uma petição em que pediu que a desembargadora responsável pelo caso sane “obscuridades”, ou seja, que torne mais clara a decisão que liberou o jogo, conforme antecipou o colunista Ancelmo Gois.
LEIA TAMBÉM
De acordo com os advogados do Flamengo, a decisão refere-se apenas a partida entre Vasco e Sport. Mas, segundo alegam, a desembargadora Lucia Regina Esteves de Magalhães “ampliou o escopo do pedido, adotando fundamentos genéricos, os quais poderiam servir de base para justificar a obrigatoriedade de disponibilização do estádio do Maracanã em qualquer partida de futebol”.
Na petição, o Flamengo faz o pedido para que a desembargadora esclareça que os efeitos da decisão proferida são restritos, tão somente, à partida disputada entre Vasco da Gama e Sport, no dia 3 de julho.
O clube também contrapõe a decisão da magistrada ao afirmar que ela “incorreu em sanável obscuridade, já que pode, eventualmente, induzir ao equivocado entendimento de que o Vasco da Gama pode mandar as suas partidas no Maracanã sempre que assim desejar”. Os advogados do rubro-negro lembraram que “cada jogo possui as suas peculiaridades, motivo pelo qual é necessária a análise das respectivas especificidades para que seja permitida a realização do evento no estádio do Maracanã”.
Outro ponto da decisão rebatido pelo Flamengo é sobre o uso do gramado, em que Esteves de Magalhães salientou que “é concebido para a prática de futebol em estádio de propriedade pública. Logo, o escopo deve ser a realização dos jogos de todos os clubes cariocas de futebol”. O clube voltou a afirmar que o excesso de uso deteriora o gramado e que partidas dos permissionários (Flamengo e Fluminense) foram transferidas para que ele passe por manutenção.
Por fim, o Flamengo afirmou que o “Vasco da Gama não possui um cheque em branco para optar quando e contra quem jogará no Maracanã”.
Nesta quarta-feira, a desembargadora deu cinco dias para o Vasco se manifestar no processo.
LEIA MAIS