Filha que matou pais e viveu anos com corpos é condenada a prisão perpétua

Publicado em 11/10/2024, às 14h03
Virginia McCullough | Reprodução / Youtube Sky News -

Folhapress

Uma mulher foi condenada à prisão perpétua por matar os próprios pais e depois viver com os corpos por quatro anos em uma casa em Essex, na Inglaterra.

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Virginia McCullough, de 36 anos, admitiu e detalhou os crimes durante uma das audiências. Nesta sexta-feira (11), a condenação foi dada pelo juiz Johson do Tribunal da Coroa de Chelmsford, que disse que ela havia ''roubado a dignidade na morte de seus pais''.

Os assassinatos ocorreram em 2019. Em junho daquele ano, ela envenenou o pai, John McCullough, 70, e esfaqueou a mãe, Lois McCullough, 71, com uma faca de cozinha até a morte, conforme a imprensa local.

Após matá-los, Virginia teria escondido os corpos na mesma casa. A mulher construiu um ''túmulo improvisado'' para seu pai em um cômodo da residência, enquanto o corpo de sua mãe foi colocado em um guarda-roupa. O ''túmulo'' foi feito com blocos de alvenaria e massa branca, com cobertores, fotos e pinturas por cima.

A filha viveu normalmente no local durante quatro anos, até ser descoberta. Policiais faziam uma visita na casa da família quando ela revelou calmamente o que tinha feito e mostrou onde os corpos foram escondidos. ''Eu sabia que isso aconteceria eventualmente, é apropriado que eu cumpra a minha punição'', falou aos agentes, segundo informações do tabloide britânico The Sun.

Virginia teria também usado o dinheiro dos pais com jogos de azar. ''Ela é uma manipuladora inteligente que escolheu matar seus pais cruelmente. Esse caso choca e horroriza até mesmo os detetives de homicídios mais experientes'', relatou a polícia de Essex ao jornal britânico Telegraph.

Segundo o Tribunal, crime foi premeditado cerca de três meses antes. A mulher teria comprado os itens usados nos assassinatos com antecedência - o que fez com que a Justiça entendesse que houve um planejamento nas ações.

Juiz afirmou que condições de saúde mental da condenada não reduzem sua culpabilidade. O magistrado explicou que Virginia tinha sintomas de transtorno de personalidade, sinais de autismo, depressão e psicose à época do crime. Ele ainda falou que ela transparece ter remorso e ''autopiedade'' pelo que aconteceu.

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