Falta de vagas – quando os mortos se tornam problema para as pessoas que permanecem vivas

Publicado em 02/11/2023, às 08h09

Redação

Hoje, Dia de Finados, vale registrar que Maceió tem um problema sério a resolver: a falta de cemitérios públicos para acomodar com um mínimo de dignidade os seus mortos.

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E o problema não é de hoje: ainda no ano de 1991 a Câmara Municipal de Maceió aprovou indicação de um dos seus vereadores alertando para a questão e sugerindo a construção de um cemitério público na parte alta da cidade, entre o Benedito Bentes e o Tabuleiro do Martins.

Já naquela época havia carência de espaço, pois os cemitérios então existentes eram insuficientes para atender ao crescimento demográfico da população, tanto que era (e ainda é) até considerado normal pessoas serem sepultadas em covas rasas nos estreitos corredores desses chamados campos santos.

Passados 32 anos o cenário permanece praticamente o mesmo, atenuado com a implantação de cemitérios particulares acessíveis às pessoas de menor poder aquisitivo graças à expansão dos planos funerários.

A questão até se agrava nos dias atuais, pois com a expansão imobiliária fica cada vez mais difícil se encontrar uma área disponível numa dimensão suficiente para a implantação de um cemitério, sem contar a burocracia indispensável para atender as exigências de preservação ambiental.

Dentro do mesmo tema, outro problema: informações chegadas a este blog dão conta de que o Instituto Médico Legal também passa por superlotação: tem cerca de 100 corpos aguardando identificação ou liberação para sepultamento.

 

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