Redação
Pesquisadores da Universidade Anglia Ruskin, no Reino Unido, comprovaram que andar com o aparelho em atividade causa problemas no nosso caminhar.
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Um estudo conduzido pelo doutor Matthew Timmis, professor sênior nas áreas de ciências esportivas da instituição, revelou que a distração causada pelos dispositivos chega a níveis altos e pode comprometer a segurança da pessoa.
"Nossos resultados indicam que usuários de celular adotam uma abordagem cautelosa quando confrontados por objetos fixos no chão", afirmou Timmis, em nota. "É provável que ocorram acidentes em decorrência de objetos aparecendo subitamente sem que os usuários estejam cientes, por exemplo, outros pedestres ou veículos."
Para chegar às conclusões, os pesquisadores fizeram pessoas usar rastreadores oculares e sensores de mobilidade. Os participantes então tinham que caminhar e pisar num obstáculo da altura de uma calçada, seja sem distrações ou enquanto liam ou enviavam mensagens de texto ou falavam ao telefone.
Quando usando o aparelho, não importa para quê, os participantes ficavam mais lentos e desatentos, e tendiam a erguer o pé mais alto do que o necessário. Em média, o tempo gasto olhando para o obstáculo foi reduzido em 61%.
Mas o maior problema, como se poderia deduzir, está na combinação caminhar e digitar. Nessa situação, o pé da frente é elevado 18% mais alto do que o normal no momento de passar pelo obstáculo, e a pessoa fica 40% mais lerda.
"Descobrimos que usar um telefone significa olharmos menos frequentemente, e por menos tempo, para o chão, mas nós adaptamos nosso comportamento de busca visual e nosso estilo de caminhada para que possamos negociar objetos estáticos de uma forma segura", explicou o professor. "Isso resulta em um usuário adotando ações de caminhada lentas e exageradas."
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