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Aproveitar o dia de folga para dormir até tarde pode não ser uma boa opção para quem costuma trabalhar logo de manhã cedo. Uma pesquisa, publicada na quarta-feira, por pesquisadores da universidade inglesa King's College mostrou que diferentes padrões de sono durante a semana e fim de semana, podem "perturbar o relógio biológico" e aumentar o risco de obesidade, ataques cardíacos e derrames.
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"Diferenças nos horários de sono ao longo da semana parecem estar ligadas a alterações nas espécies de bactérias da microbiota intestinal. Algumas dessas alterações estavam ligadas a mudanças na dieta, mas nossos dados também indicam que outros fatores, ainda desconhecidos, podem estar envolvidos", afirmou a pesquisadora Wendy Hall, professora da Escola de Ciências do Curso de Vida e População, que conduziu a pesquisa.
O estudo feito com 934 pessoas mostrou que 90 minutos a mais na cama podem ser motivo para "associações desfavoráveis com a sua saúde", segundo a especialista.
Os pesquisadores também constataram que pessoas que tiraram um tempo para cochilar tinham maior probabilidade de consumir bebidas açucaradas e comer menos frutas e nozes — o que foi associado à obesidade.
Para realizar a análise, os pesquisadores coletaram amostras de sangue, fezes e microbiota intestinal, além de medições de glicose naqueles com padrões de sono irregulares. O resultado foi comparado com aqueles que tinham um horário regular.
"Manter padrões regulares de sono, tanto na hora de dormir quanto na hora de acordar todos os dias, é um comportamento de estilo de vida facilmente ajustável que todos nós podemos adotar, e que pode impactar sua saúde através da microbiota intestinal de maneira positiva", disse Sarah Berry, também responsável pelo estudo.
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