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A hemodiálise é um dos tratamentos mais frequentes para pacientes com doença renal crônica (DRC). Estima-se que quase 150 mil pessoas no País adotem essa terapia, segundo o Censo Brasileiro de Diálise (CBD), da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN). O tratamento é semanal e, para muitos pacientes, precisa ser seguido pela vida toda.
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Nas mais de 90 clínicas DaVita espalhadas pelo Brasil, algumas dúvidas são muito recorrentes entre pacientes, familiares e cuidadores. Por isso, reunimos abaixo alguns dos principais esclarecimentos sobre doença renal crônica, diálise e demais cuidados com a saúde.
Sabendo como se cuidar, o paciente passa a lidar melhor com a doença renal e garante mais qualidade de vida ao seu cotidiano.
Afinal, o que é hemodiálise?
Também conhecida apenas como diálise, esse é o tratamento mais comum entre pacientes com doença renal crônica. O procedimento complementa ou substitui por completo, dependendo do caso, a função dos rins.
Cada sessão dura cerca de quatro horas e precisa ser realizada ao menos, três vezes por semana. Nela, o sangue do paciente é “filtrado”, eliminando toxinas e excesso de líquido do organismo. A filtragem é realizada por uma máquina, cujo filtro chamado dialisador atua no sangue do paciente.
Existem outros tratamentos para doença renal crônica, o transplante renal e a diálise peritoneal.
Onde a hemodiálise é realizada?
Essa terapia substitutiva só deve ser realizada em clínicas e hospitais habilitados, para que os riscos de complicações e efeitos colaterais graves sejam ministrados adequadamente durante o procedimento.
Quais fatores podem levar a insuficiência renal?
“Diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares e tabagismo. Mas nem sempre os sintomas surgem na fase inicial, por isso é necessário estar atento aos sinais que o corpo apresenta”, destaca Bruno Graçaplena, nefrologista e responsável técnico pela DaVita Monte Serrat. Exames de baixo custo podem auxiliar o diagnóstico precoce, como aferição de creatinina no sangue e exame de urina simples.
Quais são os sintomas que acendem o alerta de problema nos rins?
Hipertensão de início recente ou súbito e alterações do fluxo urinário, assim como inchaço nos membros inferiores e no rosto são sinais de que algo pode estar errado com os rins. Fique atento também para alteração na cor e no cheiro da urina, insônia, presença de espuma na urina, falta de apetite, sabor metálico na boca, fadiga e pressão na barriga no ato de urinar.
Quais são os possíveis efeitos colaterais da hemodiálise?
O tratamento pode causar queda da pressão arterial, câimbras, fraqueza muscula e dor de cabeça. Os pacientes devem ser acompanhados por um médico e uma equipe de enfermagem durante o procedimento, garantindo assim a melhor resposta a cada situação.
Quais são as vantagens da hemodiálise para o paciente?
“A melhora na qualidade de vida do paciente é um dos critérios, talvez o mais importante, para indicarmos o início da diálise. Ela ajuda no manejo hídrico e metabólico do paciente. Então, conseguimos contornar a hipervolemia (sobrecarga de líquido no organismo). Isso melhora a qualidade de vida, diminui o risco de morte e de hospitalizações”, explica Elber Rocha, nefrologista e Responsável Técnico da DaVita Tratamento Renal em Brasília.
Como deve ser a alimentação do paciente renal crônico?
O sódio, fósforo e o potássio em excesso podem ser vilões do paciente acometido por DRC, pois são substâncias que os rins – por perderem sua função – não conseguem filtrar de maneira adequada, e acabam se acumulando no sangue.
“É essencial que os pacientes com DRC sigam uma dieta adequada. A não adesão ao tratamento pode trazer graves consequências, como acúmulo de líquidos e toxinas, hipercalemia (níveis de potássio elevado no sangue), hiperfosfatemia (elevação da dosagem do fósforo no sangue), desnutrição e até morte”, explica Thays Mortaia, coordenadora de nutrição da DaVita Tratamento Renal.
A hidratação do paciente renal crônico é diferenciada?
“Nos estágios iniciais, mantemos a recomendação padrão para a população geral, de pelo entre 1,5 l e 2 litros de líquidos por dia. Já nos pacientes com doença renal mais grave (estágio 4 e 5), a ingestão de água/líquidos deve ser de apenas 800-1000 ml por dia, caso o paciente seja anúrico (não urine)”, destaca Rocha.
O nefrologista complementa que se o paciente tiver algum volume urinário residual, é importante que ele quantifique esse volume em 24 horas, para que médico responsável possa ter uma ideia de quanto ele vai poder ingerir de líquido por dia.
A hemodiálise faz o rim voltar a funcionar?
“A hemodiálise não traz a perspectiva de melhoria da função renal. Quando estamos tratando o paciente com doença renal aguda, ele pode ter uma recuperação dessa função renal, mas isso não se deve à diálise, e sim ao processo de regeneração das células do rim”, explica Rocha. A diálise tem outro papel, o de eliminar toxinas e o excesso de líquidos do organismo, favorecendo o metabolismo geral do paciente.
Quem faz hemodiálise pode viajar?
Sim, o paciente pode viajar. Hoje há uma gama de opções e de clínicas espalhadas por todo o país. “O paciente precisa se organizar, e apresentar exames estabilizados que mostrem que ele está em uma fase estável da doença”, diz Rocha.
Nas clínicas DaVita, a diálise em trânsito deve ser solicitada com 30 dias de antecedência para que o paciente procure o Serviço Social da sua unidade de tratamento, preencha o formulário de trânsito informando o Estado, a cidade, período desejado, de forma a verificar se há disponibilidade nas clínicas mais próximas do destino para dar continuidade ao tratamento dialítico.
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