Redação
O Atlético-MG venceu o Coritiba, neste domingo (14), por 1 a 0, pela 22ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro, mas o assunto que segue rendendo ainda é a Libertadores. O time mineiro foi eliminado na última semana pelo Palmeiras, nos pênaltis, nas quartas de final da competição, e o técnico Abel Ferreira, em coletiva depois da partida, citou alguns caminhos que Cuca poderia ter feito para sair com a classificação.
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Questionado após o jogo contra o Coritiba sobre as falas do português, Cuca chamou atenção para o lema "cabeça fria, coração quente", de Abel após o Palmeiras ter tido dois jogadores expulsos na partida do torneio continental, além do fato de o técnico não ter acompanhado a decisão das penalidades.
"Quando está vencendo tudo que faz é perfeito, é maravilhoso. Se você sai no vestiário e escuta música na hora dos pênaltis e ganha vira moda. E se perdesse? Quando você cai seis vezes no mesmo canto e ganha, pô é legal. Você lembra o Muralha, que caiu no mesmo canto e perdeu [na decisão da Copa do Brasil pelo Flamengo em 2017]? O que aconteceu? Quando você tem dois jogadores expulsos, não passa nada porque a cabeça é fria. Não foram cabeça fria, podiam ter quebrado um jogador nosso. Se a derrota vem para eles nesses jogo, vocês [imprensa] estariam cobrando as duas expulsões, as seis caídas do goleiro no mesmo canto e o treinador que não ficou para os pênaltis. Mas quando se ganha, tudo é perfeito. Parabéns ao Palmeiras e boa sorte".
A fala de Abel Ferreira - Na entrevista coletiva após o jogo contra o Atlético, na última quarta-feira (10), o técnico Abel Ferreira respondeu às falas do adversário Cuca, que pouco antes havia afirmado que o Palmeiras apertou muito a marcação.
"O Cuca é um treinador extremamente experiente, com muitos títulos. Certamente, quando assistir a essa partida, ele vai perceber que tinha muitos jogadores por fora do nosso bloco, que tinham sete jogadores por fora do nosso bloco. E você tem que ter gente por dentro para atacar a nossa linha. Claro que, com menos um jogador, fechamos, mas ainda conseguimos atacar. Nossa equipe foi muito competente. Conseguimos fazer uma boa parede, e acho que chegamos ao final do jogo com mais arremates que nosso adversário", disse o técnico na ocasião.
Cuca ressalta contexto - Ainda após o jogo contra o Coxa, Cuca seguiu seu raciocínio em relação à análise do jogo diante do Palmeiras, que gerou a resposta de Abel sobre a questão da forte marcação aplicada pelos donos da casa no Allianz Parque.
"Às vezes, você pega uma frase dentro de uma entrevista inteira e consegue ter esse contexto. Eu me lembro que falei que ficou difícil para nós com um jogador a mais e isso virou chavão dos programas, mas não pegaram a sequência da minha entrevista, onde eu disse que era um jogo de 80 metros e que eles saíam e nós saímos. Quando tivemos um jogador a mais, não tinha mais 80 metros. Tinha, 40, 30. Eles foram lá na linha defensiva e, por jogar em casa, tem essa aceitação do torcedor. E com dois jogadores a mais, não teve jogo", iniciou.
"O Palmeiras é um time reativo. É mais fácil para o Abel colocar o Dudu para correr, marcar, colocar o Rony para marcar. Quando você tem outras características de jogadores, você não consegue fazer isso. Meu time não conseguiria fazer isso porque não é reativo, é proativo. Propõe o jogo, o que geralmente o Palmeiras não faz. Eles têm a bola longa, a marcação individualizada e joga no erro do adversário após a roubada de bola", completou.
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