Redação
Texto de Lara Tôrres:
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“Após um ataque surpresa do grupo extremista Hamas a Israel desencadear uma retaliação do Estado Judeu com mísseis lançados sobre Gaza o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro saiu em defesa de Israel e associou o atua presidente Lula ao Hamas, afirmando que o grupo lhe parabenizou pela vitória eleitoral de 2022.
‘Pelo respeito e admiração ao povo de Israel repudio o ataque terrorista feito pelo Hamas, grupo terrorista que parabenizou Luís Inácio Lula da Silva quando o TSE o anunciou vencedor das eleições de 2022’, escreveu Bolsonaro.
Apesar do longo histórico de mentiras e distorções de fatos do ex-mandatário, a afirmação é verdadeira. Em 31 de outubro de 2022, o site oficial do Hamas (que pode ser lido em língua árabe ou em inglês) publicou uma nota congratulando Lula pela vitória contra Bolsonaro nas urnas.
O texto declara que Basim Naim, líder político do Hamas, parabeniza o ‘guerreiro da liberdade Luiz Inácio Lula da Silva por sua vitória na eleição brasileira’ após derrotar seu rival e então presidente, Jair Bolsonaro, em um segundo turno eleitoral ‘ferozmente disputado’.
O texto também afirma que o responsável do Hamas considerou a eleição de Lula “uma vitória para todos os povos oprimidos em todo o mundo, ‘particularmente para o povo palestino’, e que Lula é conhecido ‘pelo seu apoio forte e contínuo aos palestinos em todos os fóruns internacionais’.
A expectativa de Basim Naim, segundo o site do Hamas, era que Lula pudesse mitigar ‘todos os efeitos do apoio ilimitado [do Brasil no governo Bolsonaro] ao estado de ocupação israelense’.
Após os ataques, o governo brasileiro condenou o ataque do Hamas a Israel e afirmou que o Brasil convocará uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).
Além disso, o presidente Lula afirmou que está ‘chocado com os ataques terroristas realizados hoje contra civis em Israel’, e que ao desejar condolências às famílias das vítimas, ‘reafirmo meu repúdio ao terrorismo em qualquer de suas formas’.
‘Conclamo a comunidade internacional a trabalhar para que se retomem imediatamente negociações que conduzam a uma solução ao conflito que garanta a existência de um Estado Palestino economicamente viável, convivendo pacificamente com Israel dentro de fronteiras seguras para ambos os lados’, disse o presidente.
Antes de mais nada, é necessário explicar que os conflitos entre Palestina e Israel já duram décadas. A disputa de território remonta a 1947, quando as Nações Unidas propuseram a criação de dois Estados, um judeu e um árabe, na região da Palestina.
No ano seguinte, foi proclamado o Estado de Israel, enfurecendo os Palestinos que reivindicam aquele território. Assim, em 1987 nasceu o Hamas, maior organização islâmica em territórios palestinos, que integra uma aliança regional com o Irã, a Síria e o grupo islâmico xiita Hezbollah, que opera no Líbano.”
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