Lado esquerdo é arma - Desde o primeiro minuto de jogo, o Brasil fez valer a superioridade técnica e amassou a seleção do Panamá. Atuando com quase todo o time no campo de ataque, a seleção brasileira empilhou chances e pressionou bastante a saída de bola das adversárias — a volante Luana foi importantíssima nesse papel. Nos primeiros 15 minutos, foram sete finalizações do time de Pia Sundhage.
Com tanto volume, o gol era questão de tempo. E saiu na principal arma da seleção na partida: as jogadas pelo lado esquerdo. A lateral Tamires acionou Debinha em profundidade, que cruzou para Ary Borges, nas costas da defensora panamenha, abrir o placar.
Minutos depois, a própria Tamires foi a linha de fundo e cruzou para Ary Borges cabecear para boa defesa da goleira do Panamá e, aproveitando o próprio rebote, empurrar para o fundo das redes. 2 a 0 Brasil.
Ao fim da primeira etapa, a seleção brasileira teve 75% de posse de bola, 16 chutes contra nenhum de Panamá e 312 passes, sendo 264 certos contra 62 das panamenhas.
Show de Ary Borges - Já na segunda etapa, a seleção brasileira manteve o ímpeto e seguiu em cima do time de Panamá. Retrato disso foi logo aos dois minutos, quando Tamires e Debinha voltaram a trocar passes pela esquerda. A camisa 9 tabelou com Adriana, que deu lindo passe de calcanhar, e a bola chegou em Ary Borges. De frente pro gol, a craque do Brasil na estreia na Copa deu grande toque de calcanhar para Bia Zaneratto, que marcou o terceiro.
Para fechar a conta, mais um gol pelo lado esquerdo do campo. Regular na defesa e no ataque, Tamires avançou e passou para Geyse. A atacante cruzou para o meio da área e encontrou Ary Borges que, no meio de três defensoras, concluiu seu hat-trick.