Redação
Há muita expectativa sobre o que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP/AL) teria conversado com ministros do STF, membros do governo e com o presidente Lula (PT).
O ponto central dessas conversações foi o foro privilegiado, que garante imunidade parlamentar.
É o que revela a jornalista Bela Megale, colunista de “O Globo”:
“Nas conversas recentes com integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF), ministros do governo e o próprio Lula, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), tem insistido em três pontos sobre o debate do foro dos parlamentares, conforme relatos de aliados.
O primeiro deles é que Lira destaca não ter sido ele quem colocou na mesa a discussão da prerrogativa de foro dos parlamentares, durante a reunião de líderes, na semana passada. O presidente da Câmara diz que o líder do governo, o deputado José Guimarães (PT-AL), foi quem provocou o assunto. Segundo os relatos de Lira a ministros, o petista afirmou que a Câmara teria ficado ‘machucada’ com a votação que manteve, na cadeia, Chiquinho Brazão, apontado como assassino de Marielle Franco, e que seria necessário discutir o assunto.
O segundo ponto trazido por Lira é que ele teria pedido, há mais de um mês, que todos os partidos trouxessem o sentimento dos deputados sobre um projeto para regulamentar a imunidade parlamentar. De acordo com o relato de Lira a outras autoridades, apenas PT e MDB não tinham dado retorno. Os representantes dos dois partidos então afirmaram na reunião de líderes de terça passada, que eram favoráveis à discussão. O presidente da Câmara deixou claro que só entrará na empreitada se tiver consenso no Congresso.
O terceiro ponto destacado por Lira se refere à instauração das Comissão Parlamentares de Inquérito (CPIs), as quais não devem sair do papel. Nas conversas, disse que o regimento da Câmara determina a instauração de até cinco comissões, mas considera que o andamento das CPIs ficará prejudicado pela reforma tributária e pelas eleições municipais.”
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