Redação
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De acordo com Tales Faria, colunista do portal UOL, a expectativa do presidente Lula (PT) e do Palácio do Planalto é de que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP/AL), vai iniciar um processo de enfraquecimento a partir do segundo semestre, quando for deflagrada a campanha do substituto dele na presidência da casa.
“Nessa hora, Lula começará a articular, já que não entregará o governo a Lira”, diz o jornalista.
A razão de tudo, argumenta Faria, está nas divergências de Arthur Lira com o ministro Alexandre Padilha, das Relações Institucionais, sobre o Ministério da Saúde, da ministra Nísia Trindade, o que nunca foi aceito pelo deputado, que manifestara interesse em controlar o órgão desde o início do terceiro governo de Lula.
Por conta disso, alega o jornalista, o presidente da Câmara atrapalhou os entendimentos entre Padilha e o Centrão, prejudicando as tratativas com os parlamentares para ocupação de cargos, inclusive no Ministério da Saúde.
Complementa Tales Faria:
“Lira sempre quis o Ministério da Saúde. Foi assim no começo do governo, assim que Lula foi eleito. Ele propôs que, se lhe dessem o ministério, daria 150 deputados para fazer parte da base do governo. Lira reclama que Padilha não faz a coordenação política. Não faz porque ele não quis que o Padilha fizesse e não o deixa fazer pelo interesse no Ministério da Saúde.”
Segundo seu raciocínio, “Lula sabe que Lira está por trás desse ataque especulativo ao Padilha e à ministra Nísia Trindade, da Saúde. O presidente decidiu que não pode ceder e tirá-los agora porque estaria dando poder total ao Lira. Primeiro, é preciso que Lira se enfraqueça e aí, provavelmente, Lula fará as substituições.”
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