Redação
Na audiência pública da Comissão que monitora o colapso do solo em Maceió, ocorrida nesta terça-feira (12), na Câmara dos Deputados, técnicos dos órgãos de fiscalização exibiram imagens de satélites indicando que o afundamento provocado pela extração de sal-gema se iniciou em 2004, o que é uma novidade na apuração do caso.
LEIA TAMBÉM
Os técnicos revelaram, ainda, que o problema se agravou por conta da negligência dos órgãos fiscalizadores.
“Essa informação ficou muito clara e mostra que só chegamos a esse estágio trágico por conta da leniência dos órgãos de fiscalização. Tudo isso poderia ter sido evitado”, disse o deputado Alfredo Gaspar (União Brasil/AL) coordenador da Comissão e presidente da audiência.
Lembrando a situação das vítimas do desastre ambiental o parlamentar citou pescadores e marisqueiras:
“A Braskem, com sua ganância irresponsável, prejudicou a vida de mais de 60 mil pessoas, retiradas de suas casas, de seus comércios, das praças, das igrejas, dos lugares que amavam, não por vontade própria, mas porque o crime impôs isso a todas elas. E, hoje, enquanto agentes políticos, precisamos de soluções para todas as vítimas, principalmente para os recém atingidos com os novos colapsos, como os pescadores, as marisqueiras, e todos que estão nas bordas desse crime.”
Alfredo Gaspar encerrou sua fala responsabilizando a Braskem, seus controladores, executivos e todos que participaram direta ou indiretamente da maior tragédia socioambiental no país. “Eles têm uma dívida considerável com Maceió e seu povo, e eu espero que tenham a responsabilidade de nunca mais operar em áreas habitadas. Esse crime tem culpados, e todos devem ser responsabilizados”.
Além dos deputados Alfredo Gaspar e Marx Beltrão, presencialmente, participaram online os deputados Fábio Costa e Rafael Brito, membros da Comissão.
LEIA MAIS
Corpo de Bombeiros alerta para riscos no abastecimento de veículos elétricos em garagens no subsolo A pedra no sapato que impede a definição do futuro político do governador Paulo Dantas Casa da Indústria recebe hoje o “1º Workshop Sucroalcooleiro de Alagoas para Descarbonização da Mobilidade” Opinião: “Por que o Brasil bate recorde de recuperações judiciais, mesmo com a economia em crescimento”