Redação
A mineradora Braskem está patrocinando material publicitário em veículos de comunicação nacional, passando sua versão para o afundamento do solo em cinco bairros de Maceió, causado pela exploração por ela própria, há cerca de 40 anos, de sal-gema.
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O texto detalha ações executadas pela empresa a partir de quando foram registrados os primeiros casos, no bairro do Pinheiro, que depois se ampliaram para Bebedouro, Bom Parto, Mutange e parte do Farol, além de isolar econômica e socialmente a região conhecida como Flexais.
Eis o material divulgado, na íntegra:
“Desde 2019, 40 mil pessoas foram preventivamente realocadas das áreas de risco definidas pela Defesa Civil em Maceió, de acordo com o mapa publicado em 2020. As mudanças foram feitas e pagas pela Braskem – que também ofereceu apoio para regularizar documentos, guardar móveis e outros bens, aluguel provisório e atendimento psicológico. Todas estas ações fazem parte do Programa de Compensação Financeira e Apoio à Realocação, que consta do acordo assinado com autoridades.
Além de um conjunto amplo de ações sociais, há quatro anos os trechos desocupados recebem zeladoria permanente, com limpeza de ruas, praças e bueiros, controle de pragas e vigilância patrimonial, entre outros. Um programa de cuidado dos animais oferece abrigo, consultas e vacinas.
Essa é a nossa prioridade com os moradores de Maceió.
A extração de sal foi encerrada em maio de 2019 e o fechamento definitivo dos poços de sal em Maceió começou em 2020, com o plano aprovado pela Agência Nacional de Mineração que está 70% concluído.
Um sistema de monitoramento de solo foi instalado na região, com equipamentos de alta tecnologia que conseguem medir e prever movimentos atípicos como o que ocorreu nas proximidades da cavidade 18. Isso permite que medidas adicionais de segurança sejam tomadas preventivamente – como aconteceu nos últimos dias. Este movimento atípico está concentrado na área da cavidade 18.
Parte dos equipamentos foi doada à Defesa Civil e todos os dados são compartilhados em tempo real com as autoridades.
No trecho conhecido como Encosta do Mutange, obras de drenagem e plantio de espécies selecionadas estão em andamento. E as demolições dos imóveis em todos os trechos desocupados já passam de 40%.
Somadas, essas ações têm o objetivo de estabilizar as áreas hoje consideradas de risco.
Esse é um dos nossos compromissos com a cidade de Maceió.”
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