Redação
Agregar valor ao produto e proteger a região produtora. São essas as metas da certificação de Indicação Geográfica (IG) concedida pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), que indica que certa região é especializada e possui capacidade de produzir determinados produtos com qualidade diferencial. Este reconhecimento acaba de ser atribuído ao artesanato em bordado filé produzido na região das lagoas Mundaú e Manguaba, em Alagoas.
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Compreendendo uma área de 252 km² em torno dos municípios de Maceió, Marechal Deodoro, Pilar, Santa Luzia do Norte, Coqueiro Seco e Satuba, a região, que é reconhecida como o berço do bordado filé em Alagoas, recebeu o certificado em nome do Instituto do Bordado Filé das Lagoas de Mundaú-Manguaba.
Na prática, vinculado à valorização de produtos tradicionais, a certificação de Indicação Geográfica funciona como um selo de qualidade que deve agregar ainda mais reputação às peças, favorecendo a promoção turística da região e o desenvolvimento dos artesãos alagoanos.
Para obter o selo, cada artesão precisará atender às exigências do Caderno de Normas do Bordado Filé, uma espécie de guia composto com informações do filé alagoano, tipos de pontos, critério para inovação, especificações da malha e suas composições. O material, lançado em março de 2015, é fruto do trabalho em equipe formado pelo Governo do Estado, pesquisadores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e Sebrae.
De acordo com a gerente de Design e Artesanato da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo (Sedetur), Daniela Vasconcelos, o reconhecimento gerou expectativas para o setor.
“A Indicação Geográfica é fruto de um processo que inclui a produção do caderno de normas na confecção do filé, voltado para o desenvolvimento do artesanato alagoano. A tendência é de que o interesse pelas peças aumente e a produção alagoana ganhe ainda mais visibilidade”, ressalta Daniela Vasconcelos.
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