As adversidades que marcaram neste ano de 2023 o desempenho político de Renan Calheiros

Publicado em 16/12/2023, às 09h47

Redação

O ano de 2023 parece não estar sendo muito favorável ao senador Renan Calheiros (MDB/AL) do ponto de vista político.

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A saber:

– em fevereiro, viu seu algoz político, Arthur Lira (PP/AL), reforçar a liderança em Brasília, ao ser reeleito presidente da Câmara dos Deputados, e, mais que isso, reforçar seu protagonismo com forte influência no governo Lula, ao ponto de impor ministros e conseguir mudar toda a direção da Caixa Econômica, atuando na prática com o uma espécie de primeiro-ministro – ainda por cima ofuscando muito do brilho que desfrutava seu conterrâneo;

– após passar cinco anos calado em relação ao desastre ambiental que afeta bairros de Maceió desde março de 2018, somente em março deste ano Renan resolveu dar o ar da graça em relação ao problema, questionando a Braskem no Congresso Nacional, no Tribunal de Contas da União e até judicialmente, sem êxito até agora;

– a CPI da Braskem, que ele propôs no Senado, somente foi instalada cerca de 40 dias após seu requerimento e principalmente pela repercussão do mais recente episódio da tragédia ambiental, com o caso do afundamento da mina 18 no bairro do Mutange, sendo relevante dizer que o aguerrido senador de Murici não conseguiu ser nem presidente nem relator da comissão, como pretendia – a CPI, na verdade, só vai funcionar a parti de fevereiro, após o recesso parlamentar;

– no embate com o prefeito João Henrique Caldas (PL), também não se deu bem: até agora a justiça e os órgãos de controle têm reconhecido o acordo de R$ 1,8 bilhão firmado entre a Prefeitura de Maceió e a Braskem, inclusive a aquisição, com recursos desse acordo, do Hospital do Coração para ser o Hospital da Cidade;

– mais recentemente, a Procuradoria-Geral da República defendeu que o senador Renan Calheiros (MDB-AL) seja processado no STF por calúnia e difamação contra o prefeito JHC.

No frigir dos ovos, em 2023 a única conquista política de Renan foi emplacar Renan Calheiros Filho (MDB/AL), seu colega de Senado, como ministro dos Transportes do governo Lula.

Muito pouco para quem daqui a dois anos tem a difícil tarefa de buscar seu quinto mandato consecutivo de senador, numa empreitada que será histórica e aparenta ser bastante equilibrada pelo nível do grupo que lhe faz oposição.

 

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