Alzheimer precoce: veja sinais de alerta que podem surgir já aos 50 anos

Publicado em 11/10/2024, às 19h18
Freepik -

CNN Brasil

Um dos principais fatores de risco para o Alzheimer é a idade. Segundo o Ministério da Saúde, a doença é a forma mais comum de demência neurodegenerativa em pessoas idosas e é mais frequente a partir dos 65 anos. No entanto, existem alguns casos raros em que os sinais da doença podem surgir antes, a partir dos 50 anos e, em situações ainda menos frequentes, a partir dos 40. Essa condição é chamada de Alzheimer precoce.

LEIA TAMBÉM

Segundo Paulo Bertolucci, professor da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp), o Alzheimer de início precoce é definido como uma doença neurodegenerativa diagnosticada antes dos 65 anos e sem histórico familiar na família. “Geralmente, pessoas que têm histórico de Alzheimer na família podem desenvolver a doença mais cedo, antes dos 65 anos. Porém, a maioria das pessoas com Alzheimer de início precoce não possuem casos na família”, afirma.

De acordo com o especialista, entre os principais fatores de risco para o desenvolvimento do Alzheimer precoce incluem doenças cardiovasculares, como hipertensão, diabetes, sedentarismo, obesidade e má qualidade do sono. “Uma pessoa que tem distúrbio como apneia ou insônia, pode ter uma menor qualidade do sono, dificultando a chegada à fase profunda do sono, aumentando o acúmulo de proteínas no cérebro que estão relacionadas ao Alzheimer”, explica.

Sinais e sintomas de Alzheimer precoce

Os sinais de alerta e os sintomas do Alzheimer precoce não são distintos da doença de início tardio. No entanto, eles podem se manifestar de formas diferentes nas pessoas mais jovens. Segundo Bertolucci, em idosos, dificuldades relacionadas à memória são os primeiros sinais do Alzheimer, sendo seguido por outros sintomas neurodegenerativos relacionados à linguagem, dificuldade motora e mudanças comportamentais.

“Nos mais jovens, os primeiros sinais podem surgir na linguagem. Ou seja, as pessoas podem começar a ter progressiva dificuldade de encontrar palavras ou apresentar afasia [disfunção de linguagem que afeta a capacidade de compreender, falar, escrever, ler e fazer gestos]”, afirma o especialista. “Depois, elas podem ter alteração no comportamento e, em casos mais raros,dificuldade visual”, completa.

No entanto, Bertolucci reforça que existem casos em que dificuldades relacionadas à memória podem ser os primeiros sinais de alerta. “Mesmo quando o Alzheimer precoce começa a se manifestar pela memória, a linguagem rapidamente se torna uma dificuldade maior”, afirma.

Segundo o professor, essa diferença acontece porque os idosos são mais vulneráveis, pelo processo natural do envelhecimento, a sofrerem com alterações na memória, enquanto nos mais jovens esse risco é menor.

Como diagnosticar e tratar Alzheimer precoce?

O diagnóstico do Alzheimer precoce é feito através da análise dos sintomas e do histórico pessoal e familiar do paciente. Além disso, podem ser solicitados exames para avaliar as funções cerebrais, como exames de imagem (tomografia ou ressonância magnética) e exames de sangue, para avaliar biomarcadores relacionados à doença, como proteínas beta-amiloide 42 e 40. No Alzheimer, existe o acúmulo anormal dessas proteínas no cérebro, formando placas amiloides.

Já o tratamento é o mesmo feito no Alzheimer comum, de início tardio. Vale lembrar que essa é uma doença ainda sem cura e, portanto, o tratamento visa reduzir os sintomas associados à condição, melhorando a qualidade de vida do paciente.

Segundo o Ministério da Saúde, o tratamento do Alzheimer pode incluir medicamentos para estabilizar o comprometimento cognitivo e comportamental. A pasta disponibiliza nas unidades de saúde do país o medicamento Rivastigmina adesivo transdérmico para o tratamento do Alzheimer. O Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) desta condição também inclui o uso de remédios como donepezila; galantamina e memantina.

O suporte psicológico e a terapia cognitiva também são essenciais durante o tratamento do Alzheimer, sendo recomendadas para melhorar a função cognitiva, memória e capacidade de realizar tarefas cotidianas.

é o mesmo feito no Alzheimer comum, de início tardio. Vale lembrar que essa é uma doença ainda sem cura e, portanto, o tratamento visa reduzir os sintomas associados à condição, melhorando a qualidade de vida do paciente.

Segundo o Ministério da Saúde, o tratamento do Alzheimer pode incluir medicamentos para estabilizar o comprometimento cognitivo e comportamental. A pasta disponibiliza nas unidades de saúde do país o medicamento Rivastigmina adesivo transdérmico para o tratamento do Alzheimer. O Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) desta condição também inclui o uso de remédios como donepezila; galantamina e memantina.

O suporte psicológico e a terapia cognitiva também são essenciais durante o tratamento do Alzheimer, sendo recomendadas para melhorar a função cognitiva, memória e capacidade de realizar tarefas cotidianas.

Gostou? Compartilhe

LEIA MAIS

Chikungunya matou mais até agosto deste ano do que em todo 2023, alerta Fiocruz Sono irregular pode aumentar risco de derrame e ataque cardíaco, diz estudo O que é a hidrolipo e quais os riscos do procedimento feito por mulher que morreu em clínica em SP Hospital da Mulher passa a agendar consultas para inserção do DIU