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Diarreia, vômito, constipação, gases, cólicas, urticária na pele, problemas respiratórios e até sangue nas fezes são alguns dos sintomas mais comuns da Alergia à Proteína do Leite de Vaca (APLV), doença inflamatória que atinge entre 3% e 5% dos bebês em amamentação, segundo estudo publicado no periódico BMC Pediatrics, dos Estados Unidos.
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A médica Gisele Casado, alergista e imunologista da Hapvida NotreDame Intermédica, explica como a reação ocorre. “Geralmente, os sintomas aparecem imediatamente após a ingestão do leite de vaca, ou pela criança, ou, no caso dos bebês amamentados no peito, por meio do leite materno, depois de a mãe ter consumido o alimento”, diz.
A médica destaca que é importante saber a diferença entre a alergia e a intolerância à lactose. A primeira reage à proteína e a segunda à lactose, que é o açúcar presente no leite e seus derivados. “Além disso, a intolerância à lactose se torna mais comum em crianças acima de cinco anos de idade e não tem risco de anafilaxia ou outras reações mais graves que coloquem a vida em risco", complementa.
O tratamento da APLV - Ao contrário do que pode parecer, a APVL, na maioria dos casos, é autolimitada, sendo reversível após um período de exclusão do alimento alergênico na dieta. “Recomenda-se a exclusão total do leite de vaca da dieta infantil e, em alguns casos mais graves exclusão alimentar da mãe, caso seja um bebê amamentado no peito. Lembrando que é extremamente importante a manutenção do aleitamento, pois o leite materno é um aliado para ambos, ajudando na prevenção de diversas outras doenças”, reforça a especialista.
Segundo a Dra. Gisele Casado, não é recomendado substituir o leite de vaca por leite de outros animais, como o de cabra, ou até mesmo leites vegetais. “Eles não possuem todos os nutrientes necessários e alguns têm proteínas que também podem causar alergias. A mãe pode usar suplementos de cálcio, mas é importante conversar com um profissional de saúde, que deve conduzir o tratamento da maneira mais adequada, em cada caso”.
Outros cuidados - A médica da Hapvida NotreDame Intermédica finaliza ao reforçar a importância não apenas do acompanhamento médico para chegar à cura, como também da adoção de alguns cuidados diários que visam evitar o aparecimento de possíveis reações. “É fundamental que a alergia a leite seja conhecida por familiares e professores da criança. Além disso, ao alimentar-se fora de casa, é necessário verificar sempre como a refeição ou bebida foi preparada, evitando qualquer risco de ingestão acidental”.
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