Redação
Nem o desastre ambiental que provocou (e ainda provoca) o afundamento do solo em cinco bairros de Maceió atingisse um nível maior de preocupação, com o afundamento de uma mina da Braskem, fez com que as autoridades responsáveis pela apuração da tragédia se unissem.
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Foi esse o propósito da reunião convocada pelo governador Paulo Dantas (MDB) com prefeitos de nove cidades afetadas diretamente pelo problema, nesta segunda-feira (11), inclusive com convite ao prefeito de Maceió, JHC (PL), seu adversário político.
Imaginava-se que a partir da situação emergencial, por conta dessa que é uma das maiores tragédias ambientais de que se tem notícia no Brasil, essa união em torno das questões do Estado se tornassem rotina.
Ledo engano.
O prefeito JHC convocou para ontem à noite uma “reunião de emergência” e Paulo Dantas não compareceu – enviou os secretários do Gabinete Civil e do Gabinete Militar para representar o governo.
Nesta segunda-feira, logo cedo, o prefeito viajou para Brasília, alegando “agenda convocada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira,” e “reuniões com representantes do Governo Federal”.
Ou seja, o imaginado encontro que serviria para unir os gestores públicos em favor dos interesses da população, num momento de calamidade, está inviabilizado.
Nossas principais lideranças políticas certamente vão continuar insistindo em procurar mostrar serviço, através do uso dos seus espaços nas redes sociais, para divulgar ações isoladas e pessoais em relação ao Caso Braskem.
Continuam prevalecendo a vaidade, o personalismo, as picuinhas e a ambição política.
Características próprias do Estado de Alagoas, condenado eternamente a ver o bem comum ser sempre substituído pelos bens materiais (da classe política).
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