Redação
O presidente Lula (PT) deve terminar 2023 sem visitar oito Estados brasileiros: Alagoas, Minas Gerais, Acre, Goiás, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Santa Catarina e Tocantins.
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Chama a atenção a ausência do Presidente da República no decorrer deste ano no principal colégio eleitoral do país, que é Minas Gerais. Em compensação, os Estados mais visitados foram São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia.
Em 2023, Lula fez 15 viagens ao exterior em visita a 24 países.
No caso de Alagoas, há duas explicações para o presidente não ter pisado no Estado este ano.
Uma, o fato de que em Maceió, a capital, ele foi derrotado por Jair Bolsonaro na eleição de 2022 – embora ten sido eleito presidente.
Outra, as divergências notórias entre os principais grupos políticos locais – um, liderado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP/AL); o outro, chefiado pelo senador Renan Calheiros (MDB/AL), ex-presidente do Senado e grande liderança nacional do MDB.
Arthur Lira apoiou Bolsonaro na sua primeira gestão presidindo a Câmara e manteve o apoio na campanha eleitoral, mas logo após a confirmação da vitória de Lula passou a apoiar o presidente eleito e tem sido fundamental na aprovação de matérias do governo no Legislativo.
Renan e o seu MDB têm tradição no apoio a Lula, mas, justamente pela força política de Lira no atual governo, perdeu muito do seu protagonismo junto ao presidente.
A situação é tão conflitante para Lula vir a Alagoas que no auge do desastre ambiental causado pela Braskem em Maceió ele preferiu reunir em seu gabinete, no Palácio do Planalto, os principais personagens da política alagoana.
É de se esperar que no período eleitoral o Presidente da República desça do muro e se posicione em relação à disputa em Alagoas.
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